quinta-feira, 31 de março de 2011

Breve relato sobre a Capacitação Operação Arco Verde.


Visita a propriedade do Senhor Elmut, um pequeno produtor rural que possui 5 ha e adotou o SAF-Sistema Agro florestal, ao fundo da imagem podemos observar um consórcio de três cultivares, Castanha do Pará, Palmito Pupunha e Cupuaçu.

Como havia dito em uma postagem anterior a Capacitação do programa Operação Arco Verde, tem como objetivo a formação de Gestores Ambientais Municipais com o intuito o fortalecimento da Gestão Publica em relação ao planejamento territorial do município, prevenir e controlar o desmatamento na Amazônia Legal promovendo modelos sustentáveis.
Estou representando Porto dos Gaúchos, um dos 43 municípios que contribuirão com o desmatamento da Amazônia Legal, o pólo da capacitação do vale do Arinos e do Vale do Juruena está concentrado na cidade de Juína.   

A referente capacitação iniciou o 1º dos 5 módulos propostos em outubro de 2010, abordando os seguintes assuntos:
Ø  O valor da floresta em pé: Conservação e uso dos recursos naturais como instrumento para o desenvolvimento sustentável, social e econômico.
Ø  Contextualização da Amazônia Brasileira.
Ø  Histórico de ocupação e do processo de urbanização da Amazônia Brasileira.
Ø  Colonização dirigida na Amazônia.
Ø  Povos indígenas e populações tradicionais.
Ø  Política de expansão: Pecuária, Agricultura e desmatamento.
Ø  Cadeias Produtivas.
Ø  Alternativas produtivas e de comercialização.
Ø  APPs e reserva Legal.
Ø  SAF – Sistema agro Florestal.

O 2º módulo teve início no ultimo dia 21 de março de 2011, abordando os seguintes assuntos:
Ø  Geoprocessamento, com técnicos do SIPAM (sistema de Proteção da Amazônia).
Ø  Fundamentos básicos de Cartografia.
Ø  Sensoriamento Remoto.
Ø  Treinamento com Sistema de Posicionamento Global – GPS.
Ø  Uso de Geotecnologias em planos de manejo de Unidades de Conservação.
Ø  Agenda 21 Municipal.
Ø  Agenda 21 e Gestão de Recursos Hídricos, água no Brasil e Mundo.
Ø  Novo Código Florestal-WWF.

O segundo módulo superou as expectativas de todos, e um dos temas abordados tomou a atenção em especial de todos os multiplicadores, GEOPROCESSAMENTO.
Geoprocessamento é considerada a mais moderna e eficiente tecnologia para o processamento de dados espaciais. A geração de informações espaciais (mapas, tabelas, relatórios, estatísticas, gráficos etc.), para auxiliar os administradores na tomada de decisões.
Com o uso de Geoprocessamento, as pessoas passam a dispor de maior informação sobre seu território.


O 3º módulo com duração de uma semana iniciara dia 04 estendendo até dia 08 de abril e posteriormente estarei postando mais informações e também conteúdos relacionados aos temas abordados no decorrer da capacitação.

terça-feira, 22 de março de 2011

Dia Mundial da Água e Aqüífero Alter do Chão.


No dia 22 de março é comemorado o Dia Mundial da Água, criada pela Organização das Nações Unidas (ONU), a data tem como objetivo estimular o debate sobre a preservação desta fonte natural essencial para a manutenção da vida na terra.
Adotando algumas mudanças em hábitos no dia-a-dia de cada cidadão ambientalmente correto, podemos garantir água de boa qualidade para as gerações futuras, ja foi constatado de que o volume de água no planeta não diminuiu ao longo dos milhões de anos do seu surgimento, o grande problema é o uso inconsciente e a sua contaminação tornando-a imprópria para o cunsumo.  

Justamente no Dia Mundial da Água fui informado e posteriormente li uma reportagem sobre um novo aqüífero o Aqüífero Alter do Chão, segundo cientistas e pesquisadores é considerado o maior reservatório de água do planeta, já era conhecido há tempos, porém não continha dados precisos que confirmasse seu potencial.  Tirando as geleiras, um quinto da água doce existente está na Amazônia.
O Aqüífero Guarani tinha a fama de ser o maior reservatório de água doce do mundo com cerca de 45 mil quilômetros cúbicos de água, constatações apontam o Aqüífero Alter do Chão com um reservatório de aproximadamente 86 mil quilômetros cúbicos de água, tornando-o o maior reservatório de água doce subterrâneo do mundo.  

quinta-feira, 17 de março de 2011

Capacitação Operação Arco Verde.

A Capaciatção Operação arco Verde a qual eu estou participando, tem como objetivo a formação de Gestores ambientais municipais e teve inicio em outubro de 2010 e reiniciara na próxima semana dia 21 a 25 de março, a capacitação foi dividida em 5 semanas e estaremos na segunda semana.
A capacitação é oferecida para os 43 municipios que fazem parte da Amazônia Legal, Porto dos Gaúchos faz parte e tem seu polo na cidade de Juína.
  

  
Instituída pelo decreto nº 7.008, de 12 de Novembro de 2009, a Operação Arco Verde faz parte do plano de ação do governo federal para prevenir e controlar o desmatamento ilegal na Amazônia Legal, com o objetivo de promover modelos produtivos sustentáveis, ou seja, um novo modelo de desenvolvimento sustentável na Amazônia.

 O presente curso de capacitação presencial objetiva treinar seus participantes para servirem como multiplicadores de ações que concretizem ações ambientais públicas voltadas a conservaçõa, contribuindo para o fortalecimento da gestão ambiental fundamentada em desenvolvimento sustentável garantindo a renda das famílias dos seus municipios.
Esta é uma grande oportunidade para os municipios da amazônia legal, pois o Ministério do Meio Ambiente amparado pelo Governo Federal esta custiando subsidios para a formação dos multiplicadores municipais e não para po ai, no termino do curso os capacitados junto  aos municipios apresentarão projetos para viabilizar alternativas sustentáveis conforme suas realidades, que poderá ser financiada por instituições financeiras.
No decorrer da capacitação estarei postando mais informações, assim como já o fiz em algumas postagens anteriores. Quero agradecer ao Secretário Municipal de Meio Ambiente de Porto dos Gaúchos Mario Henrique Lara Ferreira, pela oportunidade por ter me indicado a esta missão de trazer melhorias ligadas as questões ambientais de nossa cidade, a qual trará muitos benefícios muito em bréve, e aproveitar para parabenizar o Secretário pelos excelentes trabalhos voltados ao Meio Ambiente.
    


terça-feira, 15 de março de 2011

CABANA KUNS

Neste feriado de carnaval, tive o grande prazer de acampar alguns dias com minha família na casa do meu cunhado Alan que fica em um ponto do Rio Arinos chamado Kuns, esse lugar chama-se assim, pois segundo histórias morava ali por perto um senhor que trocava mercadorias com embarcações e o mais incrível deste lugar são os rebojos que se formam devido às curvas em forma de S o que torna perigoso a navegação, mas apesar do perigo é possível desfrutar das águas do rio em banhos gelados.

Como podemos descrever um lugar?
Vou tentar descrever brevemente a Cabana Kuns, é esse o nome que me veio em mente, pois não é nenhum chalé ou pousada de luxo, como diz a musica do Pato Fú “Quanto menor a casinha, mais sincero o bom dia”, na mais simplicidade em meio a mata nativa pouco alterada, com a sinfonia dos pássaros e o barulho da águas do Rio Arinos. Meu cunhado Alan pediu minha opinião, se era crime ambiental estarmos ali, disse a ele que segundo estudiosos o ser humano faz parte do meio ambiente, formando uma integração homem-natureza desde que, não cause qualquer alteração ao meio ambiente que possa ocorrer sua degradação ameaçando a qualidade de vida da população.  
Em destaque a esquerda, não é qualquer lugar que tem um fogão a lenha com um forno embutido como este, olha o detalhe do charque.   

Ainda bem que o Marcos não pescou mais corvina, pois estava se achando de mais.
O Djoni foi o cara da pescaria, pescou uma matrinxã de 4,5 Kg e um pacu de 5,5 Kg, não é mentira de pescador, está ai as imagens pra confirmar.
Observamos que, apesar do fim da piracema ainda há peixes que estão desovando, devido a grande diversidade de espécies de peixes, é óbvio que haja alguma alternância no ciclo de reprodução, como exemplo as espécies de escamas ja não contém ova e as espécies de couro ainda estão desovando, o que prova que a época de defeso deveria ser reformulada, na minha opinião! 
Eis ai o interior da casa, em detalhe contém um banheiro interno com chuveiro para um banho com mais conforto e em breve estaremos fazendo melhorias.
Aproveitando a oportunidade em compartilhar estes momentos agradáveis, quero abordar um assunto muito importante em relação ao lixo, além do lixo que foi produzido em nosso acampamento, trouxemos uma quantidade significativa de lixo que coletamos em alguns pontos do rio em que paramos para pescar e tomar banho.
 É impressionante a capacidade de pessoas que se utilizam o rio, que lhe oferece o pescado e o lazer para uma melhor qualidade de vida não retribuírem com igualdade, aos que se beneficiam do Rio Arinos vamos preservá-lo para que possamos ter sempre esta maravilhosa alternativa de lazer. 
Eis o Alan, meu cunhado, olha o que ele aprontou, pescou uma traira que não tinha mais oque crescer.


Essas são algumas imagens do Kuns na época da seca quando o rio está baixo, afloram dunas de areia branca e fina, ótimo lugar para um banho de rio.
  
     

sexta-feira, 4 de março de 2011

Exemplo de Pagamento por Serviços Ecológicos ou Ambientais.

     Há alguns dias atrás postei uma matéria sobre Pagamentos por Serviços Ambientais, apedido de alguns leitores irei postar um exemplo a ser seguido por proprietários de terras que contém nascentes ou cursos d’água em suas propriedades.
     O agricultor Hélio de Lima, de 58 anos, possui uma propriedade na cidade de Extrema, divisa entre os Estados de Minas Gerais e São Paulo, sua propriedade abriga 10 (dez) nascentes. Quando as águas encontram riachos visinhos formam um grande rio, nunca ouve falta de água em sua propriedade, para as criações, consumo da sua casa e para o laser ao desfrutar dos córregos para se banhar com a família.
     Além disso, há pouco mais de um ano, Lima passou a lucrar diretamente com suas fontes, em troca de preservá-las, ganha da prefeitura em torno de R$ 1.300 por mês.
     A explicação é que, depois de percorrer cerca de 100 quilômetros, a água que brota em suas terras desemboca no sistema Cantareira, em São Paulo, que abastece as torneiras de quase 9 milhões de pessoas todos os dias. O pequeno incentivo lá na fonte ajuda os moradores da região Norte, central, leste e oeste da capital paulista, zonas abastecidas pela Cantareira, a beber água de qualidade com menos produtos químicos.
     “Deixo de criar umas 40 cabeças de gado por ano”, diz Lima. “Mas, se eu não fizer isso, o que o boi vai beber? Como que a gente cozinha? Acabou a vida.” Ganha Lima, porque receba compensação por não usar a terra. Ganha o planeta, com a manutenção das florestas e ganha quem mora em são Paulo.
     Extrema a cidade do agricultor Lima, é um caso raro de investimento preventivo. A idéia surgiu em 2001, quando o secretário do departamento de meio ambiente do município, se inspirou em um projeto da agência Nacional das Águas para remunerar os donos de nascentes.
    Os fazendeiros ganham R$ 176,00 ao ano por hectare de área protegida. Em contrapartida, deixam de colocar ali o gado que lhes traria um lucro anual de cerca de R$ 120,00. Perdem de um lado para ganhar do outro, em três anos a prefeitura já fez 150 quilômetros de cerca, plantou 150 mil mudas de diferentes espécies e preservou 800 hectares. O recurso para tudo isso, em torno de R$ 1,5 Milhões por ano, vem do governo de Minas Gerais e de outros parceiros. O maior beneficiado, o estado de São Paulo, ainda não contribui.
      A mas como conseguir esses recursos?
     Em uma postagem anterior, onde se trata do ICMS Ecológico, onde os Municípios têm acesso a recursos financeiros do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS).

Fonte: Revista Época, 20 de setembro de 2010, Especial Meio Ambiente.             

quarta-feira, 2 de março de 2011

1 Ano do Programa MT Legal e CAR - Cadastro Ambiental Rural.

     O Programa Estadual de Regularização Ambiental Rural – MT-LEGAL foi criado pela Lei Complementar nº 343, de 24 de dezembro de 2008, e regulamentado por meio de Decreto nº 2238, de 13 de novembro de 2009. Seu objetivo é promover à regularização ambiental das propriedades e posses rurais junto à Secretaria de Estado do Meio Ambiente de Mato Grosso – SEMA.
     A adesão ao MT-LEGAL é o primeiro passo à obtenção de qualquer licença ambiental para uso ou exploração dos recursos naturais da propriedade rural e, dentre outros, traz aos seguintes benefícios aos proprietários:
     Suspensão da execução de autos de infração;
     Redução de 90% na multa por prescrição do ilícito administrativo praticado.
    A primeira fase do processo de licenciamento se dá com o Cadastro Ambiental Rural – CAR, instrumento de identificação e pré-requisitos para a obtenção do licenciamento ambiental para todas as atividades que interfiram no meio ambiente. No entanto, vale ressaltar que o CAR não autoriza qualquer atividade econômica no imóvel rural como exploração florestal ou supressão vegetal, nem constitui prova da posse ou propriedade para fins de regularização fundiária.
    O CAR é um certificado que dá segurança jurídica ao proprietário e/ou possuidor de imóveis rurais, pois é o registro das obrigações ambientais e o inicio do processo de regularização, ordenamento e planejamento ambiental das propriedades. Desde o lançamento do programa até 7 de fevereiro de 2011, 11.937 projetos de CAR foram protocolados na SEMA.
     Os proprietários ou possuidores de imóveis rurais que possuem licença ambiental ou já tiverem processos de regularização ambiental protocolados até a data da publicação do Decreto nº 2.238, de 13/11/2009, não necessitam se cadastrar, devendo efetuar o cadastro no ato da renovação da licença. Proprietários que desejam aderir ao programa devem, por meio de um responsável técnico devidamente cadastrado na Sema, apresentar projeto técnico no qual contem os documentos previstos no art. 5º e 6º do decreto n 2238/2009.
     Através desta publicação comunico os interessados em conterem maiores informações ou que tiverem interesse de aderir ao programa entrar em contato com BIOVERDE ASSESSORIA AMBIENTAL, pelo e-mail: lairbio@hotmail.com ou pelo fone: 66 8438 9654.

Fonte: SEMA (Panceflô2011).